‘Ainda Estou Aqui’: concorrer ao Oscar é como ganhar Copa do Mundo, dizem produtores

A produção brasileira Ainda Estou Aqui, dirigida por Walter Salles e estrelada por Fernanda Torres, concorre em 3 categorias do Oscar 2025. “Não é uma coisa natural”, disse o produtor Rodrigo Teixeira, especialmente pela indicação ao prêmio de Melhor Filme. Maria Carlota Bruno, que também trabalhou na produção do longa, disse: “Para o cinema brasileiro, alcançar isso é maravilhoso”.

A indicação ao Oscar é vista não apenas como um triunfo para o filme, mas também como uma vitória para o cinema latino-americano. “É como ganhar uma Copa do Mundo”, afirmaram ambos. Eles ressaltaram a importância do público brasileiro nesse sucesso: “A gente tem que agradecer ao público brasileiro, que nos incentivou, que está indo aos cinemas”, disse Maria Carlota.

Sucesso de bilheteria

Segundo os produtores, o filme conseguiu atrair uma grande audiência, com o público brasileiro incentivando o filme a lotar as salas de cinema. “Esse engajamento do público brasileiro com o filme está sendo uma coisa maravilhosa. O mundo está conhecendo o Brasil pelas redes sociais”, afirmou Teixeira.

Ao todo, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), em 78 dias de exibição desde o lançamento (7 de novembro de 2024), o longa tem um público acumulado de 3,3 milhões de espectadores e uma renda de R$ 73,6 milhões.

Cinema nacional em ascensão

A equipe do filme também elogiou a atuação de Selton Mello e Fernanda Torres, destacando o papel fundamental dos dois atores no sucesso do longa. “O Selton Mello e a Fernanda Torres incendeiam em tela”, disse o produtor.

O filme teve um papel importante na retomada do cinema brasileiro, que sofreu um hiato devido à pandemia e ao período de governos anteriores. “Desde a retomada do cinema brasileiro, é um cinema de excelência”, afirmou Teixeira, citando títulos como “Carlota Joaquina”, “Cidade de Deus” e “Central do Brasil”.

Para Maria Carlota, “Ainda Estou Aqui” simboliza o retorno da força do cinema nacional, dizendo que “esse filme fez com que o público brasileiro voltasse às salas de cinema”.

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