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O luxo tarifado: como o mercado se reinventa diante de impostos, sustentabilidade e novos hábitos
Publicado 08/09/2025 • 17:41 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 08/09/2025 • 17:41 | Atualizado há 3 meses
O mercado global de luxo atravessa um momento de pressão inédita. Após anos de crescimento acelerado, a previsão para 2025 é de apenas 2% a 4%, bem abaixo dos 8% registrados em 2023. Ainda assim, o setor deve movimentar cerca de US$ 420 bilhões neste ano, de acordo com a Bain & Company.
Entre os fatores que desaceleram o setor, as novas tarifas sobre artigos de luxo têm sido motivo de muita preocupação e discussão.
Em agosto de 2025, a União Europeia anunciou uma tarifa de 15% sobre importações de bens de luxo, como bolsas, relógios e automóveis premium. A medida, justificada como forma de equilibrar a balança comercial e aumentar arrecadação, provocou forte reação das maisons.
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Marcas como Louis Vuitton, Hermès e Ferrari alertam que o aumento pode reduzir margens de lucro, frear investimentos e até deslocar consumidores para outros mercados mais acessíveis. Se mantida, a medida pode impactar não apenas o consumo europeu, mas toda a cadeia global do luxo.
A pressão tarifária não se restringe à União Europeia. Do outro lado do Atlântico, a política protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma tarifa-base de 10% sobre todas as importações, com taxas ainda mais elevadas para bens de países com superávit comercial. Essa medida atinge em cheio as joias, relógios, bolsas e carros europeus, que são o coração do mercado de luxo americano. Hermès e Ferrari já anunciaram aumentos de preço nos EUA para compensar os custos, testando a resiliência de um consumidor que, embora abastado, se torna cada vez mais consciente do preço. O resultado é um cenário de incerteza global, onde as grifes precisam equilibrar a manutenção de suas margens com a demanda de um mercado que é o principal motor do setor.